Palavra do Calendário de Maio 2021: “Com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef 4,2).

Palavra do Calendário de Maio 2021: “Com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef 4,2).

“Com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef 4,2).

Nesse tempo de pandemia, mesmo tomando todos os cuidados, em outubro fui contaminada pela COVID-19; resultado da tomografia com 58% do pulmão comprometido e gasometria muito baixa; meu mundo caiu e fui internada. Pedi orações a todos que conhecia, muitas missas foram celebradas pela minha saúde, eu acredito no poder da oração, e comecei a rezar para todos os Santos, Santas e Anjos de Deus que me protegessem.
Fiquei 12 dias na UTI, sedada e entubada, quando começaram a diminuir a sedação eu comecei a ficar agitada, e a pedir para que a Santa Dulce dos Pobres que esteve ao meu lado, que já podíamos ir para casa porque estava curada, e agradecer ao Frei Maximiliano que olhou por minha família. As enfermeiras não entendiam nada, quando finalmente acordei, foi uma alegria, e elas queriam saber quem era Dulce e o Frei que tanto eu chamava. Então contei que Santa Dulce foi uma mulher religiosa, simples, de um coração imenso, cuidava dos doentes e dos pobres, e ela cuidou de mim, e expliquei que frei e padres são títulos, mas ambos estão a serviço de Deus, São Maximiliano é protetor das famílias, e na nossa paróquia ele é o Santo Padroeiro.
Fiquei impressionada com o tratamento que recebi dos profissionais da linha de frente; são pessoas maravilhosas, cumprindo o juramento que fizeram, sempre com sorriso no rosto; não sei qual religião eles professam, sei que Deus está presente na vida deles. Emocionante mesmo foi ver o médico usando uma camiseta com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Enfim, ao todo, foram 32 dias internada, sem ver meus filhos, meu marido, minha família, meus amigos, isolada, muito triste. E, finalmente dia da alta, com medo, musculatura fraca, muita dificuldade para andar e respirar, mas tinha certeza que em casa, com minha família seria melhor.
Conversei com meus três filhos e perguntei: vocês pensaram que a mamis ia morrer? E ouvi a mesma resposta, claro que não… papai só dizia, mamãe precisa de oração, vamos rezar. Celso, meu parceiro de todas as horas, foi muito forte, teve muita fé. Sabia da gravidade, mas não deixou as crianças pensando o pior, sempre chamando eles para que ficassem unidos em oração. Mais um testemunho, de que não podemos perder a nossa fé, para Deus nada é impossível.
A Palavra inspiradora do nosso calendário para este mês – “Com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef 4,2) – exigiu de mim suportar os momentos de medo, insegurança, isolamento e a realidade da fragilidade física e emocional. Suportar os momentos de dor, na fé e na paciência foi um grande aprendizado na vivência da Palavra. Agradeço, de coração aberto, pelo carinho, pelas orações e pelos sorrisos de alegria.
JUNTOS VENCEMOS O COVID-19! PAZ E BEM!

Nilze Giuseppe (Centro)_Paróquia S. Maximiliano Kolbe /Mogi das Cruzes (SP)


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