Palavra do Calendário da PANIB para o mês de Junho 2019: “Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito” (Sl 128,2)

Palavra do Calendário da PANIB para o mês de Junho 2019: “Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito” (Sl 128,2)

“Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito” (Sl 128,2)

O Salmo 128 é um salmo de celebração da vida. Ele afirma que os que trilham o caminho do Senhor terão vida longa e tranquila em suas casas, partilhando com os seus a alegria da benção divina. O versículo 2 nos ensina que abençoado é aquele que vive do trabalho de suas mãos, isto é, não devemos oprimir, nem explorar ninguém.

É pelo trabalho que nos assemelhamos à Deus. Jesus disse: “Meu pai vem trabalhando até agora, e eu também trabalho” (Jo 5,17). O trabalho nos dá dignidade e felicidade que não é um estado, mas o tempero que dá sabor e intensidade para os momentos da vida. O trabalho é a atividade pela qual a pessoa transforma a natureza, a fim de conseguir seu sustento e bem-estar. O ideal é aquele para o qual a pessoa sente vocação e aptidão. Mas essa não é a realidade para muitos, seja por falta de preparação adequada, seja por imposições sociais e familiares, ou por limitação da estrutura social.

O trabalho visa a satisfação das necessidades humanas, física, psíquicas ou espirituais. Esse atendimento das necessidades é o que se chama de usufruir, tanto o produto direto do trabalho como a compensação monetária pelo trabalho realizado. A felicidade começa na possibilidade de usufruir. Alegrar-se: É a coroa da felicidade – sorrir, rir, gargalhar, ter sensação de bem-estar que permeia os dias e dá força e estímulo para o trabalho e para os dias difíceis.

Deus concede ao homem o seu dom para que ele seja feliz vivendo o seu presente. Contudo, o meio para o homem se aproximar do dom de Deus é o trabalho. Deus dá, mas o homem precisa conquistar. O trabalho é atividade humana dentro da qual Deus realiza o dom da felicidade para o homem. Todo trabalhador deve caminhar para a partilha do produto do seu trabalho. E assim, todos repartem o dom de Deus entre si.

Subtrair o produto do trabalho de um povo é um mal social e ainda interferir entre Deus e o trabalhador, impedindo que o dom da felicidade chegue ao seu destino. Esse é o grande pecado. Quando o povo descobre que está sendo espoliado, só lhe resta um caminho: solidariedade e união, a fim de recuperar o que foi roubado e resistir para que este roubo não continue. Trata-se de recuperar o direito de ser feliz. Recuperar a experiência de eternidade.

 

Kimiko Kawano – Coordenadora da Pastoral Nipo-Brasileira

junto ao Santuário Santa Terezinha – Taboão da Serra (SP)


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