CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2021: SEGUNDA PARADA: JULGAR

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2021: SEGUNDA PARADA: JULGAR

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2021 – SEGUNDA PARADA: JULGAR

Tema: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”
Lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14a).

Relembrar é fundamental para não esquecermos quem somos, de onde viemos, o que nos mantém em pé e nos fortalece em meio às diversidades. As cartas paulinas relatam que as pessoas que aceitavam o Evangelho derrubavam o muro da separação e construíram comunidades de comunhão na gratuidade do amor de Deus, que acolhe e perdoa. As comunidades cristãs eram diferentes entre si, mas partilhavam a crença de que Jesus de Nazaré, o Cristo, é o filho de Deus.
O apóstolo Paulo, várias vezes orientou as primeiras comunidades a viver a unidade na diversidade: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, mas sois um em Cristo Jesus” (Gl 3,28). A diversidade não é razão para conflito. A Igreja, como Corpo de Cristo, deve esforçar-se para expressar essa unidade na diversidade.
Portanto, para superar os conflitos oriundos das ameaças do contexto social mais amplo, a orientação é que pratiquem solidariedade mútua e compreendam que estão integrados ao edifício cuja pedra fundamental é Cristo.
“Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”. Essa frase é uma confissão de que a fé em Jesus Cristo não é motivo para divisões e conflitos, mas é a inspiração maior para a convivência e o diálogo. Em Cristo não há lugar para a violência e o racismo, para o ódio e a discriminação. A paz significa tanto superação das violências e das discriminações, quanto a plenitude de vida, consequência de relações equânimes entre o ser humano e a natureza, o ser humano e seus semelhantes e o ser humano e Deus. As pessoas cristãs não devem combater pessoas de outras tradições religiosas, mas acolhê-las e amá-las como Cristo o fez.
O orgulho religioso é contrário ao Evangelho, porque gera sectarismo e não a unidade. O orgulho produz divisões. Se, desde o princípio, somos obra-prima de Deus e fruto de sua Criação, agora, em Cristo, os “muros de inimizade”, construídos pelo orgulho, produtor de divisões, foram derrubados. A experiência ecumênica nos possibilita conviver e aprender com irmãos de diferentes confissões, e em unidade podemos derrubar muros e, juntos, construir pontes. Isso proporciona uma transformação na própria Criação – uma nova humanidade -, “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”.
As comunidades cristãs são chamadas a serem este espaço, que gera esperança e possibilita sonhar, exercitar e concretizar esta Boa-Nova de que podemos ser protagonistas de histórias sem discriminações, preconceitos e violências. Construirmos uma comunidade viva e coerente com o Evangelho, para esforçarmos a experimentar esta nova realidade revelada em Cristo, ou seja, sem relações de injustiça, de poder opressor, de desigualdade, abuso e orgulho.

Fonte: Texto-Base CFE 2021 – CNBB / CONIC


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