CATEQUESE BÍBLICA (Maio 2021): Livro do DEUTERONÔMIO
“DEUTERONÔMIO E O NOVO TESTAMENTO”
“Jesus disse: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento” (Mt 5,17)
O Deuteronômio é um dos livros mais citados no Novo Testamento; são cinquentas e cinco (55) citações literais.
Ele é citado no relato das tentações três vezes, na resposta de Jesus a Satanás: “O home não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4 e Dt 8,3). Depois, para mostrar fidelidade ao Deus único anuncia: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt 4,7 e Dt 6,16); e o culto será somente a Ele: “Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestará culto” (Mt 4,10 e Dt 6,13).
A citação mais significativa está na resposta de Jesus à pergunta sobre o primeiro mandamento que retoma o mandamento principal do amor a Deus de todo coração em Dt 6,4-5. Jesus não veio abolir a Lei de Moisés, mas levar ao pleno cumprimento a Lei dada por Moisés (Mt 5,17-19).
No Evangelho de João, é destacado com insistência o mandamento do amor a Deus (Jo 4,52), e o mandamento do amor é relacionado com a observância dos mandamentos. Esse é um princípio retomado da teologia do Deuteronômio. O povo ama o Senhor enquanto observa e pratica a lei do Deuteronômio pronunciada por Moisés.
São apenas alguns exemplos da importância do Deuteronômio para a vida cristã. No catecismo de São Pio X, que foi usado na catequese das crianças, constava a pergunta: “Para que fomos criados?”. E a resposta cheia de sabedoria retomava a teologia essencial do Deuteronômio: “Fomos criados para conhecer, amar, e servir a Deus” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica).
Fonte: Bíblia Pastoral; Livro do Deuteronômio – SAB – Mês da Bíblia 2020, Paulinas e Texto-Base Livro do Deuteronômio, Edições CNBB. 2020.
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